NOSSA MISSÃO

Anunciar o Evangelho verdadeiro e fazer discípulos de Jesus Cristo, visando a restauração da pessoa 'por inteiro'.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A TERRA DO SOL PRECISA DA LUZ



            Terra do sol, assim é conhecido o nosso estado. Aqui o sol brilha praticamente o ano inteiro. Nossas belezas naturais são incomparáveis. Praias como Jericoacoara e Canoa Quebrada figuram entre as mais belas do mundo. Além das praias, temos as serras como a nossa belíssima Ibiapaba . Também  não podemos deixar falar do nosso sertão tão cheio de beleza e cultura popular. Tudo isso faz do nosso estado um dos mais visitados do Brasil por turistas do mundo inteiro. Porém, apesar de ser chamada de “Terra do Sol”, precisamos reconhecer que o Ceará ainda anda em trevas. Trevas da idolatria, da corrupção, da violência e da falência moral. A TERRA DO SOL PRECISA DA LUZ!
Disse Jesus:Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (João 8:12) . Sim, somente Jesus pode tirar das trevas  a  “Terra do Sol”. Por isso precisamos levar a Luz do Evangelho de Cristo a todo o Ceará.
Nesse ano, a CIBUC pretende alcançar mais seis cidades para Cristo: Cascavel, Pindoretama, Mombaça, Boa Viagem, Aracoiaba e Bela Cruz. Serão construídos três templos nos meses de outubro e novembro nas cidades de Viçosa, São Benedito(Nossa filha) e Varjota, em parceria com a Igreja Batista de Dallas, estado do Texas, EUA. Receberemos a operação “Jesus Transforma” da Junta de Missões Nacionais.  Todas essas ações, tem um objetivo: Levar a Luz de Cristo aos cearenses.
Porém para que esses objetivos sejam de fato alcançados, é imprescindível a sua participação. Ore, Contribua, proclame, envolva-se na obra missionária estadual, mostre seu amor pelas almas perdidas, seja você também um “refletor” da luz de Cristo! Ajude a tirar das trevas a “Terra do Sol”.


No amor de Cristo,
Seu Pastor Paulo Henrique Salustiano.


           
           


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quem é Jesus?


  • A pessoa mais notável de todos os tempos?
  • O maior líder?
  • O maior mestre?
  • Quem tem feito os maiores benefícios pela humanidade?
  • Quem viveu a  vida mais santa que alguém já viveu?
Visite qualquer parte do mundo hoje em dia. Fale com pessoas de qualquer religião. Não importa o quão comprometidas estejam com a sua religião em particular, se elas conhecem alguma coisa sobre a história terão de admitir que nunca houve um homem como Jesus de Nazaré. Ele é a personalidade mais singular de todos os tempos.

Jesus mudou a direção da história. Mesmo a data no seu jornal testifica o fato que Jesus de Nazaré viveu na terra há quase 2.000 anos atrás. A.C. significa "antes de Cristo"; A.D. Ano Domini, "o ano do nascimento do nosso Senhor".
SUA VINDA FOI PREDITA
Centenas de anos antes do nascimento de Jesus, foram registradas nas Escrituras as palavras dos profetas de Israel que anunciaram sua vinda. O Antigo Testamento, foi escrito por muitas pessoas durante um período de 1.500 anos, contendo mais de 300 profecias descrevendo a Sua chegada. Todos estes detalhes tornaram-se realidade, incluindo seu nascimento miraculoso, sua vida sem pecado, seus muitos milagres, sua morte e sua ressurreição.

A vida que Jesus viveu, os milagres que Ele fez, as palavras que Ele falou, Sua morte na cruz, Sua ressurreição e Sua ascenção aos céus - todos estes fatos demonstram que Ele não foi um simples homem, porém, mais do que homem. Ele mesmo afirmou: "Eu e o Pai somos Um" (João 10:30),"Quem me vê, vê ao Pai" (João 14:9), e "Eu sou o caminho, a verdade e a vida.  Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." (João 14:6).
SUA VIDA E MENSAGEM CAUSAM MUDANÇAS
Veja a vida e a influência  de Jesus de Nazaré, o Cristo, através da história e você verá que ele e a sua mensagem sempre tem produzido grandes mudanças nas vidas de homens e nações. Por toda parte onde os Seus ensinamentos e influência tem chegado, a santidade do casamento, os direitos e a opinião das mulheres na sociedade foram reconhecidos; escolas e universidades de ensino superior foram estabelecidas; leis para proteger crianças foram feitas; a escravidão foi abolida; e uma multidão de outras mudanças foram feitas para o bem da humanidade. Indivíduos também são transformados drasticamente.

"Aquele que introduz nos negócios públicos o princípio do cristianismo primitivo mudará a face do mundo." Benjamin Franklin, século XVIII, norte-americano inventor e político.

Por exemplo, Lew Wallace, um famoso general e gênio literário, era um ateu conhecido. Por dois anos o Sr. Wallace estudou nas principais bibliotecas da Europa e América procurando informações que destruíssem para sempre o cristianismo. Enquanto redigia o segundo capítulo de um livro que ele planejava escrever, ele subitamente encontrou-se de joelhos chorando e clamando por Jesus, dizendo: "Meu Senhor e Meu Deus."

Por causa das evidências sólidas e irrefutáveis, ele não podia mais continuar a negar que Jesus Cristo era o Filho de Deus. Mais tarde, Lew Wallace escreveu "Ben Hur", considerado um dos melhores romances ingleses, jamais escrito acerca da época de Cristo..

Do mesmo modo, o falecido C.S. Lewis, professor na Universidade de Oxford na Inglaterra, era um agnóstico que negou a divindade de Cristo por anos. Mas ele também,  dentro de uma honestidade intelectual submeteu-se a Jesus como seu Deus e Salvador depois de estudar as evidências esmagadoras da sua divindade..
SENHOR, MENTIROSO OU LUNÁTICO?
No seu famoso livro "Cristianismo Autêntico", Lewis fez a seguinte declaração, "Um homem que fosse um mero homem e dissesse o tipo de coisas que Jesus disse, não seria um grande professor de moral.
Ele seria ou um lunático, igual a um homem que diz que é um ovo cozido, ou ele seria o diabo do inferno. Você terá que fazer sua escolha. Ou ele era e é o Filho de Deus, ou é um louco ou algo pior. Você pode tê-lo por um tolo ou você pode cair aos seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não é permitido vir com algum disparate sobre ele ser um grande mestre. Ele não nos deixou esta opção."

Quem é Jesus de Nazaré para você? A sua vida nesta terra e por toda eternidade é determinada por sua resposta a esta pergunta.

A maior parte das religiões foram fundadas por homens e estão baseadas em filosofias, regras e normas de condutas feitas por homens. Tirem os fundadores destas religiões de suas disciplinas e práticas de adoração e pouco será mudado. Mas tire Jesus Cristo do cristianismo e não teremos nada. O cristianismo bíblico não é apenas uma filosofia de vida, nem um padrão ético ou obediência a um ritual religioso. O verdadeiro cristianismo está baseado numa relação vital e pessoal com um Salvador ressuscitado e vivo.

"Se alguma vez o Divino apareceu na terra, foi na pessoa de Cristo." Johan Wolfang von Goethe, escrito pelo dramaturgo alemão nos últimos anos de sua vida.

"Honestamente não sei o que será da civilização e da sua história se a influência acumulada de Cristo, tanto direta como indireta, for erradicada da literatura, da arte, das transações comerciais e dos padrões morais e criativos nas diferentes atividades da mente e do espírito." Dr. Charles Malik (Libanês), ex-presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas.
UM FUNDADOR RESSUCITADO
Jesus de Nazaré foi crucificado numa cruz, sepultado num túmulo emprestado e três dias depois ressucitou dos mortos; neste aspecto o cristianismo é singular. Qualquer argumento para validar o cristianismo depende da prova da ressurreição de Jesus de Nazaré.

Através dos séculos, a maioria dos grandes eruditos que tem considerado as provas da ressurreição tem acreditado e ainda acreditam que Jesus está vivo. Depois de ter examinado as evidências da ressurreição dadas pelos escritores dos evangelhos, o falecido Simon Greenleaf, uma autoridade em assuntos legais na Faculdade de Direito de Harvard, concluiu: "Portanto é impossível que eles pudessem ter persistido na afirmação da verdade que narravam, se Jesus não tivesse mesmo ressuscitado dentre os mortos, e se não soubessem deste fato com a mesma certeza que tinham em relação a qualquer outro fato."

John Singleton Copley, reconhecido como uma das maiores mentes jurídicas da História Britânica, comentou: "Eu sei muito bem o que são provas e digo a vocês que provas como as da ressurreição nunca falharão."

"Acredito que não exista nada mais belo, mais profundo, mais compreensivo, mais racional, mais franco e perfeito do que o Salvador; digo a mim mesmo com um amor zeloso que não só não existe ninguém como Ele, como não poderia existir nenhum outro." Fyodor Dostoevsky, escrito numa carta pessoal pelo escritor russo enquanto estava na prisão.
RAZÕES PARA CRER
A ressurreição é essencial para a fé de um cristão. Existem várias razões que levam aqueles que estudam a ressurreição a crerem que ela é verdadeira:

PREDITA: Primeiro, Jesus predisse sua morte e ressurreição, e elas aconteceram exatamente como ele previu (Lucas 18:31-33).

O TÚMULO VAZIO: Segundo, a ressurreição é a única explicação plausível para seu túmulo vazio. Uma leitura cuidadosa da história bíblica mostra que o túmulo aonde eles colocaram o corpo de Jesus estava rigorosamente guardado por soldados Romanos e selado com uma enorme rocha. Se, como alguns já disseram, Jesus não estivesse morto, mas somente desmaiado, os guardas e a pedra teriam impedido a sua fuga, ou qualquer tentativa de resgate por parte dos seus seguidores. Os inimigos de Jesus não teriam tirado o corpo do túmulo, já que o desaparecimento do seu corpo do túmulo só ajudaria a encorajar a crença na sua ressurreição.

ENCONTRO PESSOAL: Terceiro, a ressurreição é a única explicação para as aparições de Jesus Cristo aos seus discípulos. Após a sua ressurreição, Jesus apareceu pelo menos 10 vezes àqueles que o haviam conhecido e para outras 500 pessoas de uma só vez. O Senhor provou que estas aparições não eram alucinações: Ele comeu e falou com eles e eles O tocaram. (
1 João 1:1).

"De todos os sistemas de moralidade, antigo e moderno, o qual tenho tido possibilidade de observar, nenhum me parece tão puro quanto o de Jesus." Thomas Jefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos da América.
O NASCIMENTO DA IGREJA: Quarto, a ressurreição é a única explicação razoável para o início da Igreja Cristã. A Igreja Cristã é de longe a maior instituição que existe ou tem existido na história do mundo. Mais da metade do primeiro sermão pregado tinha a ver com a ressurreição   (Atos 2:14-36). Obviamente, a igreja primitiva sabia que esta era a base de sua mensagem. Os inimigos de Jesus e Seus seguidores poderiam tê-los impedido a qualquer tempo, simplesmente apresentando o corpo de Jesus.

VIDAS TRANSFORMADAS: Quinto, a ressurreição é a única explicação lógica para as vidas transformadas dos discípulos. Eles o abandonaram antes da sua ressurreição; depois da sua morte estavam desencorajados e cheios de medo. Eles não contavam com a ressurreição de Jesus  (
Lucas 24:1-11).

No entanto, após a sua ressurreição e a experiência deles no Pentecostes, estes mesmos   antes desencorajados e desapontados foram transformados pelo grandioso poder do Cristo ressuscitado. Em seu nome, eles viraram o mundo de pernas para o ar. Muitos perderam as suas vidas por sua fé; outros foram terrivelmente perseguidos. Sua atitude corajosa não tem sentido à parte de suas convicções de que Jesus Cristo tinha verdadeiramente ressuscitado dos mortos, um fato pelo qual valia a pena morrer.

Em 40 anos de trabalho com intelectuais do mundo universitário, ainda não encontrei uma pessoa que honestamente já tenha considerado as evidências irrefutáveis que provam a divindade e ressurreição de Jesus de Nazaré, que não tenha admitido que Ele é o Filho de Deus, o Messias prometido. Enquanto alguns não acreditam, eles pelo menos são honestos ao confessarem: "Não dediquei tempo à leitura da Bíblia ou considerei os fatos históricos a respeito de Jesus."

"Quando eu li minha Bíblia reconheci que o que ela diz é que Jesus é o único caminho para Deus... Por isso acredito que no momento em que usei o meu conhecimento sobre Jesus e o tornei pessoal entregando-me a Ele, isso abriu-me a porta para a vida." Cliff Richard.
UM SENHOR VIVO: Por causa da ressurreição de Jesus, Seus verdadeiros seguidores não estão meramente seguindo um código de ética de um fundador morto, mas, pelo contrário, possuem uma relação vital e pessoal com o Senhor vivo. Jesus Cristo está vivo e abençoa e enriquece fielmente as vidas de todos os que Nele confiam e obedecem. Através dos séculos, multidões tem reconhecido a excelência de Jesus Cristo, incluindo muitos que tem influenciado grandemente o mundo.

O físico e filósofo francês Blaise Pascal falou da necessidade que o homem tem de Jesus, quando disse: "Existe no coração do homem um vazio do tamanho de Deus, o qual, somente Jesus Cristo pode preencher."

Você gostaria de conhecer Jesus Cristo pessoalmente como Seu Salvador? Isto pode soar ousado, mas você pode! Jesus está tão desejoso para estabelecer um relacionamento pessoal e cheio de amor com você, que Ele já fez todos os preparativos necessários.

Autor: Dr. William R. Bright


Fonte: Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo
www.cepc.org.br


sábado, 12 de junho de 2010

Crer ou não crer: eis a questão

Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece (João 3:36).

Essa declaração no versículo de hoje enfatiza mais uma vez o tremendo significado da fé. Duas palavras diferentes e completamen­te abrangentes se revelam diante de nós: vida eterna ou condenação eterna. E tudo depende de se ter crido ou não no Filho de Deus.

O texto afirma em primeiro lugar: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna”. Aqui se trata da fé salvadora, a verdadeira convicção interior que motiva alguém a se render eternamente a Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele veio ao mundo para salvar os pecadores. Deus O enviou para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Existe apenas uma única exigência: cada pessoa tem de reconhecer que precisa de salvação. Como pecadores, merecemos a ira de Deus, esse é o veredito do justo Juiz. Essa sentença, vinda do próprio Deus, torna claro o quanto necessitamos de um Salvador!

A segunda parte do versículo começa assim: “Mas aquele que não crê no Filho”. Não crer significa rejeitar a chamada de Deus à conversão. Não é uma questão de estar inseguro, ou de não estar totalmente convencido sobre o assunto. Quem não crer no Filho de Deus não poderá entrar na vida eterna; a ira de Deus permanece como uma espada sobre tal pessoa. Deus não aceita nenhuma desculpa para a incredulidade.

É nessa vida que decidimos se cremos ou não. Depois da morte não há qualquer possibilidade de mudar de opção; já será tarde demais. Cristo realizou a obra da redenção sofrendo e morrendo na cruz do Calvário. A mensagem é bem clara: se você ainda não crê no Filho de Deus, o que o impede de tomar essa decisão agora mesmo?

Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; (Romanos 10:9)

SE VOCÊ AINDA NÃO FEZ SUA DECISÃO, PODE RECEBER A CRISTO AGORA MESMO EM ORAÇÃO
(Orar é falar com Deus).

Deus conhece seu coração e está mais interessado na atitude do seu coração do que em suas palavras. A oração seguinte serve como exemplo:

"Senhor Jesus, eu preciso de Ti. Eu Te agradeço por ter morrido na cruz pelos meus pecados. Abro a porta da minha vida e Te recebo como meu Salvador e Senhor. Obrigado por perdoar os meus pecados e me dar a vida eterna. Toma conta da minha vida e faça de mim o tipo de pessoa que desejas que eu seja."

Esta oração expressa o desejo do seu coração?

Se for assim, faça esta oração agora mesmo e Cristo entrará em sua vida, como prometeu.

Extraído do site devocional Boa Semente
Enviado pelo Irmão Karol Wojtilla Gaspar Melo

sexta-feira, 4 de junho de 2010

JUSTIÇA SOCIAL NOS SALMOS


Leitura bíblica (texto usado: Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

Salmo 10. 17 e 18:
SENHOR Deus, tu ouvirás as orações dos que são perseguidos e lhes darás coragem. Tu ouvirás os gritos dos oprimidos e dos necessitados e julgarás a favor deles para que seres humanos, que são mortais, nunca mais espalhem o terror.

Salmo 72.1-4:
Ó Deus, ensina o rei a julgar de acordo com a tua justiça! Dá-lhe a tua justiça para que governe o teu povo com honestidade e trate com justiça os explorados. Que haja prosperidade no país, pois o povo faz o que é direito! Que o rei julgue os pobres honestamente! Que ele ajude os necessitados e derrote os que exploram o povo!

Salmo 41.1:
Felizes são aqueles que ajudam os pobres, pois o SENHOR Deus os ajudará quando estiverem em dificuldades!


Momento de interação

Notas para o pregador:

Explicar aos ouvintes que nesta reflexão descobriremos o quanto o povo de Deus na bíblia cantava sobre justiça social, e o que isso implica para a igreja hoje.

Destaque o fato de que o texto para a reflexão incluiu citações de três salmos, e que cada um fala claramente sobre questões sociais. Explicar que os salmos formaram o hinário, ou arquivo multimídia, dos cânticos de louvor dos judeus.

Pedir, agora, que pessoas citam louvores que cantamos na igreja hoje que falam sobre justiça social. Dê um tempinho para eles pensarem e falarem, encorajando se for difícil. Provavelmente a lista vai ser pequena.

O poder espiritual da música

Apesar de talvez não parecer, uma das áreas da vida da igreja onde mais aprendemos e absorvemos conceitos sobre Deus, e a vida cristã, é nos cânticos de louvor. Pense quantas vezes durante a semana passada você cantou algum hino ou cântico, e depois conte as vezes que citou a pregação de domingo passado. Provavelmente os cânticos ganham. Até muitos pastores usam as palavras de cânticos, conscientemente ou inconscientemente, para reforçar as suas pregações. Aquilo que cantamos e as músicas que escutamos tendem a enraizar-se nas nossas mentes, nas emoções e nas nossas almas. Os seus conceitos dão direção às nossas emoções e decisões. Uma música, durante anos não ouvida, pode trazer à memória alegrias, tristezas e lições aprendidas muito mais cedo na vida.

Isso pode ser uma coisa muita positiva na vida da igreja. Em Colossenses 3.16, o apóstolo Paulo vincula a instrução mútua dos crentes ao canto de salmos hinos e canções sagradas.  Por isso é bastante importante nós prestarmos atenção àquilo que cantamos, e àquilo que como consequência estamos aprendendo sobre Deus e a vida cristã. A letra e a melodia podem nos fazer sentir bem – mas elas refletem verdades bíblicas?




Reflexão central


Tendo esta pergunta em vista, gostaríamos de afirmar que não tem melhor lugar para nós procurarmos aquilo que devemos estar cantando, e os temas que devem estar nos nossos louvores, de que o hinário bíblico, os Salmos. E é especificamente diante do tema de justiça social que encontramos uma surpreendente dissonância entre os cânticos bíblicos e os louvores das nossas igrejas hoje no Brasil. Simplesmente, não cantamos quase nada sobre justiça, pobreza, pecado social coletivo, opressão, ou a necessidade de socorrer os excluídos. Enquanto os Salmos são encharcados destes temas.

Em uma das oficinas do Congresso de Ação Social da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará (CIBUC), em 2008, estudamos esta questão. Os participantes foram divididos em cinco grupos, para cada um pesquisar, durante quinze minutos, blocos de trinta Salmos, assim cobrindo o livro todo. A pesquisa foi simples: procurar Salmos que contêm os temas, pobreza, justiça ou injustiça social, fome e outras questões relacionadas à vontade de Deus para a sociedade humana. Nestes poucos minutos os grupos encontraram 45 cinco Salmos dos 150. Conclusão: pelo menos 30% (praticamente um terço) dos cânticos que o povo da Bíblia, isso é, Jesus e os seus compatriotas, cantava na sinagoga, abordavam questões sociais. Justiça social e cuidados para com os pobres foram temas constantes nos louvores de Jesus. No hinário batista mais novo, o Hinário para o Culto Cristão, encontram-se SEIS hinos e SETE leituras bíblicas sob o tema Responsabilidade Social, no índice de seiscentas e treze itens: 2 e pouco por cento. Essa é a dissonância a que eu me refiro.

A igreja do Novo Testamento demonstrou uma profunda preocupação com questões sociais. Mesmo com os relatos das ações sociais desta igreja disponíveis permanentemente para podermos ler, muitas das nossas igrejas nem sonham em preocupar-se com questões sociais. Uma das razões pode ser as músicas que estamos cantando.

[Nota para o pregador: Se na tua igreja tiver mais costume de pregações interativas, no lugar de relatar a experiência acima citada, faça o mesmo exercício com os ouvintes, para eles mesmos fazerem a descoberta de quantos Salmos tratam destes temas. Terá que reduzir o tempo dado para a pesquisa a cinco ou dez minutos, para caber dentro do contexto de culto]

Vamos examinar isso com mais detalhes:

Salmo 41:1 é uma exortação explícita para “ajudar os pobres” (BLH).  Muitos outros Salmos declaram Deus (ex: 9.9; 10.17-18) ou o rei (ex: 72.1-4) defensores dos pobres e mantenedores da justiça social.

Poderia talvez argumentar-se que, ao clamar e orar constantemente ao Senhor por misericórdia no meio de tanta injustiça (ex: 34.6; 71; 120; 121), os Salmos indicam que devemos olhar para Deus, e não aos seres humanos, para corrigir os maus sociais. Por outro lado, poderíamos igualmente argumentar que, como imitadores de Cristo (1 Cor 11.1), chamados a vivermos os valores do Reino de Deus, crentes devem seguir o exemplo de Deus e do seu Rei em: julgar honestamente os aflitos do povo, salvar os filho dos necessitados, e esmagar o opressor. (Salmo 72:4)

Ainda que concluamos que os Salmos realmente ensinam que devemos olhar somente a Deus para Ele restaurar a justiça, ainda fica claro que o povo de Deus deve estar cantando sobre pobreza e injustiça, ansiosamente desejando uma sociedade livre da opressão.
Aplicação

O teólogo Americano, Tel, referindo-se aos louvores no contexto estadunidense, reclama de um “cardápio desnutrido” de cânticos, e pergunta, “Em limitarmos os cânticos da comunidade àqueles que cantam de alegria, será que nós estamos, de fato, tentando distanciar a realidade dos problemas do mundo de nós?”. É uma pergunta que poderíamos colocar ao nosso povo evangélico, acrescentando uma preocupação de que o foco em rogar constantes bênçãos pessoais sobre “a minha vida” nos faz esquecer que nós fomos chamados por Cristo para abençoar e cuidar dos outros, não para sermos egoístas. (Provavelmente, se analisarmos o nosso ‘cardápio desnutrido’ procurando músicas sobre evangelismo, ele estaria em falta nesta área também.)

Precisamos primeiro, então, resgatar e cantar os cânticos belos dos nossos hinários, cantores, e artistas evangélicos, que celebram os temas de justiça, pobreza, o cuidar do outro, e o levantar a voz em favor dos oprimidos.  Precisamos cantar e perguntar-nos “Que Estou Fazendo Se Sou Cristão?” (Hinário Para o Culto Cristão, Nº 552)

[Nota para o pregador: No kit da CBB para este mês de Ação Social encontram-se sugestões de outras músicas apropriadas. Neste momento da pregação podem ser citadas letras boas, que devem ser pesquisadas antes da pregação. Pode também combinar com o grupo de louvor para cantar algo logo após a mensagem. Sugestões “Meus dias, teus dias” Armando Filho; “Justiça Social” ou “Para Cima Brasil”, ambos por João Alexandre]

Mas, em segundo lugar, já que não existem muitas destas músicas, e logo esgotaremos o repertório, vamos compor mais! Os músicos competentes das nossas igrejas podem ser encorajados a fazer isso. Quem sabe, novos compositores e compositoras se revelarão. Qualquer dificuldade em encontrar poetas pode ser superada utilizando as letras prontas dos Salmos!

Resumo final

Não devemos esquecer a razão para que fazer isso: porque a música é capaz de nos ensinar verdades sobre a vida cristã.

Uma das verdades da vida Cristã é que Deus chama o seu povo para cuidar dos excluídos e oprimidos da sociedade.

Usando as palavras que Paulo escreveu a Tito (3.14)

“... quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos”


Mark E Greenwood
Abril 2009